Paliativos para um problema que a cada dia se agrava

Diariamente as ruas de Salvador ganham novos carros em circulação, o que tem agravado os problemas como trânsito lento e congestionamentos. A Prefeitura, através da Secretaria de Transportes, vem tomando medidas com o intuito de diminuir o impacto desse crescente aumento de carros em nossas ruas. Recentemente a Avenida Vasco da Gama, uma das vias de grande fluxo de veículos, principalmente no início e fim das manhãs e das tardes, sofreu uma intervenção. Consistiu no fechamento do retorno existente próximo ao acesso à Avenida General Graça Melo, mais conhecida como Avenida Ogunjá, levando os motoristas a utilizarem o retorno, já existente, em frente ao acesso para o Hospital Geral do Estado e para a Ladeira do Acupe.
Quem circula pela Vasco da Gama pode constatar que os congestionamentos continuam e que, apesar de haver implantado o dispositivo de liberação da pista da esquerda, no retorno para o HGE, não se vê um reflexo positivo na mudança, não só pelo grande volume de veículos, como também pela desatenção dos motoristas que, ou utilizam indevidamente a pista da esquerda, quando o destino é o Hospital Geral ou o Bairro de Brotas ou o simples fato de não lerem o enorme aviso “Esquerda Livre”.
O certo é que, medidas paliativas amenizam, mas não resolvem. O trânsito de Salvador requer medidas mais sérias, intervenções como alargamento de avenidas, construção de elevados ou viadutos e, mais ainda: um transporte de massa moderno, ágil e confortável, que atraia a população a utilizá-lo, deixando o carro em casa.
O metrô de Salvador, obra iniciada há cerca de 12 anos, está prestes a ter concluída uma etapa de apenas seis quilômetros e em um trecho que, a priori, beneficiará uma população que pouco utiliza veículos pequenos para locomoção.
As estatísticas mostram que, diariamente, há um número entre 160 e 170 novos carros licenciados em nossa cidade e, se não melhorar o trânsito, muito em breve será impraticável andar de carro em Salvador.